SANDRA
Sou a força que me cala a alma,
O
arrependimento de não ter perdido a calma.
A sobrevivência de um amor
latente,
Onde o passado se faz presente.
Uma ave sobrevoando o espaço a procura de
seu ninho,
A uva que após pisoteada transforma-se em vinho.
O aconchego
nos braços maternos
A procura de carinho,
Um ser que em meio a multidão
Encontra-se sozinho.
Sou a incompreensão da raça humana,
A
verdade nua e crua, mas que prima soberana.
O rejeito sem defeito,
A
inveja, o despeito,
De olhos com ausência de preceito.
Sou a mulher que se banha e se arruma ao
amado.
Exalando feromônimas fragrâncias,
Que o meu homem surpreso, calado,
Satisfaz-me em todas as minhas ânsias.
Sou a santa mãe que aleita seus filhos.
Sou a devassa que te extasia o corpo.
Sou a beata freqüentadora de
santuários.
E a mulher de marinheiros do porto.
Sou o contraste da vida,
Ao mesmo tempo
a cura e a ferida.
O estilo de vida da salamandra.
Não sou apenas uma
mulher,
Sou a SANDRA...
ARAMIS – 22/03/07.